Pesquisa realizada nos EUA afirma que Zika age como HIV e ‘derruba’ sistema imune de gestantes
Uma pesquisa realizada pela Universidade da Carolina do Sul, nos EUA, testou cepas africanas e asiáticas do vírus zika em amostras de sangue de homens saudáveis, mulheres não grávidas e gestantes entre 18 e 39 anos.
Com os resultados foi possível observar que o vírus da zika ‘derruba’ o sistema imunológico de mulheres grávidas e, com isso, atravessa a placenta, chega até o feto e provoca as nefastas anomalias registradas em recém-nascidos.
Segundo o Chefe do Laboratório de Virologia Molecular do Instituto de Biologia da UFRJ, Amilcar Tanuri, o estudo é “muito importante” para mostrar como as diferentes linhagens do vírus da zika acabam provocando reações díspares do sistema imunológico, o que ajuda a explicar porquê a cepa asiática se tornou epidêmica.
Além disso, a revelação de como o vírus “dribla” as defesas do organismo deverá ter impacto nas pesquisas e desenvolvimento de vacinas e tratamentos contra a doença.
Cientistas observaram ainda que o sistema imune fica ainda mais suprimido no primeiro e segundo trimestres da gravidez, informação consistente com achados anteriores.